sexta-feira, 13 de março de 2009

Colocação pronominal

Oi pessoal. A colocação pronominal vem sendo uma grande "pedra " no sapato de candidatos a concursos. Por isso, a fim de solucionar dúvidas, relacionadas a esses pronomes, escreverei um pouco sobre esse assunto. Primeiro, tente responder a questão a seguir, que foi questão do "STJ". A resposta está logo ao final das explicações.

Assinale a opção em que há erro de colocação pronominal, de acordo como a norma culta.

a) A primeira refere-se aos atuais mecanismos públicos e particulares.
b) São os elementos essenciais da vida, os quais não têm-nos dado a desejada segurança.
c) Consiste em nossa fraqueza de opormo-nos a uma espécie de movimento neofeudal.
d) A sociedade mostra-se perplexa com seu ajuste à eletrônica.
e) O estado não se mostra apto para encontrar soluções.

Próclise

Consiste na colocação do pronome átono antes do verbo e ocorre quando uma palavra o atrai.
Essas palavras podem ser: Pronomes indefinidos, relativos, interrogativos e advérbios que não sejam separados por vírgula.

Ex:. Alguém te quer bem; A mochila que me presenteou é linda; Quem nos disse isso?; Sempre me lembro.

Quando há uma conjunção subordinada.
Ex.: Quando nos falou, já era muito tarde.

Quando há gerundio precedido por EM ou por orações que expressem desejo.
Ex:. Em se falando de futbol, ele prestou atenção;
Que Deus te leve em proteção.

Em orações exclamtivas.
Ex.: Quanto nos custa trabalhar!!!;


Ênclise

Denota-se ênclise quando o pronome vem depois do verbo. Veja os casos:

Quando está no início do período.
Ex.: Ajudou-me a fazer o dever;
Vendo-a entrar, fugiu.

Gerúndio dá início a oração.
Ex.: O ladrão escapou, arrancando-me a carteira.

Quando há imperativo afirmativo.
Ex.: Diga-me a verdade.;
Escuta-me, moleque!!!

Mesóclise

Chamamos de mesóclise quando o pronome vai dentro do verbo. Somente acontecerá quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do passado, e, caso, não houver alguma palavra que chame o pronome para ser proclítica.

Ex.: Falar-te-ei a verdade.

Próclise facultativa

Com substantivo
Ex.: João se lembrou. João lembrou-se

Com pronomes pessoais e demostrativos
Ela me deixou. Ela deixou-me
Isso me alegra. Isso alegra-me

Com conjunções coordenativas.
Ex.: Procurou, e me encontrou. Procurou, e encontrou-me.

Com infinitivo impessoal regido da preposição para.

Corri para protegê-lo. Corri para o proteger.

Colocação nas locuções verbais

Auxiliar+infinitivo

Deve contar-te , ou devo-te contar, ou devo te contar.

Auxiliar + preposição+ infinitivo

Deixou de consultá-lo, ou deixou de o consultar.

Verbo auxiliar + gerundio

Estou me rendendo, ou estou rendendo-me, ou estou-me rendendo.

Auxiliar + particípio (nunca depois de particípio)

Havia lhe dito uma mentira.

Resposta da questão: B. "... não nos têm dado a desejada segurança", pois o "não" funciona como advérbio e este chama o pronome.

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segunda-feira, 9 de março de 2009

Vícios de linguagem

Oi a todos. Sabem o que é vício de linguagem? Bom, quando ouvimos falar nesse assunto, devemos pensar que é todo o tipo de desvio da norma gramatical. Vejamos alguns principais vícios:

Neologismo
Palavras "novas" que ainda não fazem parte do corpo linguístico oficial do idioma, ou seja, não as encontramos no dicionário.
Ex.: Faz um "prensadão" pra mim. Presadão= cachorro-quente.

Pleonásmo vicioso ou redundância
Quando palavras se repetem desnecessariamente.
Ex.: João, você vai subir pra cima?
Não, não, vou descer pra baixo e depois entrar pra dentro do carro.
Hemorragia de sangue.

Cacofonia
Deve-se a união de sílabas que por sua proximidade causam sons estranhos.
Ex.:A resposta corretá é só se ser for "d".
Ela tinha. (latinha)

O eco, repetição de uma vogal pode ser considerado cacofonia.
Ex.: O caminhão do alemão leva carvão para o Maranhão.

Quando o som pode ser considerado indelicado, leva o nome de cacófato.
Ex.: Ele nunca ganha.

Ambiguidade ou anfibologia

Quando há uma má construção da frase, utilizando-se de duplo sentido.
Ex.: Paulo disse para seu amigo que sua namorada o traiu. ( Traiu o Paulo ou seu amigo?)

Barbarismo
Desvio da grafia na pronúncia ou nas variações de uma palavra. O barbarismo se divide em três partes:

1) Silabada: Erro da colocação do acento tônico.
Ex.: Púdico. O correto é "pudico"

2) Cacografria: Erro de grafia ou má flexão de uma palavra
Ex.: Chícara por xícara.

3) Cacoépia: Quando há erro de pronúncia.
Ex.: O homem é carvo-em vez de "calvo".

Solecismo

Ocorre quando há erro de sintaxe. Que pode ser:

1) Regência.
Ex.: Eles assistiram o jogo. Correto: Eles assistiram "ao" jogo.
Paula aspira uma vaga naquela empresa. Correto: Paula aspira "a" uma vaga naquela empresa.

2) Concordância.
Ex.: Haviam muitas pessoas na praia. Correto: Havia muitas pessoas na praia.

3) De colocação pronominal.
Ex.: Me disseram uma mentira. Correto: Eles me disseram uma mentira.
Compra-te-ei uma casa. Correto: Comprar-te-ei uma casa.

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sexta-feira, 6 de março de 2009

As orações subordinadas adjetivas.

Olá. Continuo falando das orações subordinadas, porém, agora, das adjetivas. Existem somente duas: restritivas e explicativas. As subordinadas adjetivas possuem a função de agir como adjunto adnominal, ou seja, de caracterizar a oração principal. Representam valores e funções dos adjetivos.

Ex.: Paulo gosta de animais que obedeçam às suas ordens.
Os empregados, que trabalham arduamente, receberão uma cesta básica neste mês.
Os torcedores que invadiram o campo foram presos.

Restritivas: Restrigem, ou seja, limitam o sentido do termo que antecede o pronome relativo. Sempre vêm precedidas de preposição , quando o verbo pedir uma regência.

Ex.: O homem de quem lhe falei é meu vizinho.
As frutas cítricas que consumimos são boas para o fortalecimento de nossa imunidade.
Estamos em um lugar onde há muitos problemas.

Explicativas: Explicam ou esclarecem alguma coisa sobre o antecedente, indicado-lhe uma qualidade. Possuem função de aposto e são separadas por vírgulas.

Ex.: Os copos ,que estão sujos, precisam ser lavados.
O tigre, que é um animal em extinção, é considerado como um deus para os indianos.

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quinta-feira, 5 de março de 2009

As orações subordinadas adverbiais.

Oi amigos.

Tocarei em um assunto muito interessante e, ao mesmo tempo, um pouco confuso: as orações subordinadas adverbiais. Primeiro, oração subordinada é aquela oração que precisa de outra oração para dar-lhe sentido, como no exemplo: "Roberto não comprou o carro porque está sem dinheiro". O que vemos no exemplo? Vemos que "Roberto não comprou o carro" é a parte que tem sentido completo, então, por isso, a chamamos de oração principal, agora, a parte "porque está sem dinheiro" precisa de um complemento para que tenha sentido, então a chamamos de oração subordinada, pois depende da oração principal. Quando falamos em orações subordinadas adverbiais, falamos de orações que expressam o valor de um adjunto adverbial, ou seja, que designam uma circunstância. No caso da frase:" Roberto não comprou o carro porque está sem dinheiro" a conjunção tem que valor adverbial? Sim, tem valor de causa, motivo ou razão; então, consequentemente, chamamos a oração de uma "Oração subordinada adverbial de causa". Veremos com mais detalhes todas as nove orações subordinadas adverbiais. Bom estudo!!!

Comparativas: Promovem comparação. Geralmente o verbo está oculto na oração subordinada, pois é mesmo que está explícito na oração principal. Conjunções mais importantes: como, que, quanto.

Ex.: A filha gasta mais dinheiro que a mãe. Ele é bruto como um cavalo.

Condicionais. Expressam valor de condição. Principais conjunções: se, caso, sem que.

Ex.: Vou à casa de minha avó, se deixar-me usar o computador.
Caso vá à praia, leve um calção.
Sem que estude, não passará na prova.

Causais: Indicam causa, motivo, razão. Conjunções mais importantes: porque, como , pois, já que, uma vez que.

Ex: Como não tenho dinheiro, não vou ao clube.
Você pode viajar, já que está de férias.
Gaste o quanto quiser porque não há limite em seu cartão de crédito.
Fale a verdade, pois falar mentira é feio.

Conformativas: Indicam acordo. Principais conjunções: como, conforme, segundo.

Ex.: Segundo me falaram, não haverá trabalho amanhã.
Eu fiz o exercício como me ordenou.

Concessivas: Expressam ideia de contrariedade, adversidade. Principais conjunções: Embora, mesmo que, ainda que, porém.

Ex.: Não vou, ainda que me obriguem.
Eles compraram detergente, embora não fosse preciso.

Consecutivas: Indicam uma consequência. Principais conjunções: tão...que, tal...que, tanto... que, de maneira que, de sorte que.

Ex.: Falou tanto que ficou sem voz.
Estive doente, de modo que não pude trabalhar.
Roberta é tão inteligente que não precisou estudar.

Temporais: Expressam ideia de tempo. Principais conjunções: quando, depois que, antes que, logo que, enquanto, sempre que, assim que, até que, desde que. Também usamos Mal + verbo com sentido de apenas ou logo que ou assim que.

Ex.:Maria foi à Bahia quando a passagem estava barata.
Depois que tome banho, bricará com seus brinquedos.
(logo que) Mal chegamos , fomos à igreja da praça central.

Finais: Expressam finalidade, objetivo. Principais conjuções: para que, a fim de que

Ex.:Limpou a casa para que esta ficasse cheirosa.
A fim de curar-se foi ao médico.

Proporcionais: Indicam proporção. Principais conjunções: à medida que, à proporção que, quanto...mais, quanto...menos, quanto...maior.

Ex.: À medida que estuda, mais conhecimento adquire.
À proporção que retiravam os escombros, os bombeiros resgatavam os feridos.
Quanto mais se tem, mais se quer.
Quanto maior o orgulho, maior a antipatia.
Quanto menos se ganha, menos se tem.

Observação final.

Cuidado com a conjunção "como", pois ela pode ser causal, comparativa ou conformativa.

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terça-feira, 3 de março de 2009

E agora? Se não ou senão.

Quando se deve usar SE NÃO E SENÃO?

Se não: Quando a particula "SE" inicia uma oração condicional. Equivale a caso. Pode, também, ter valor de OU.
Ex.: Não estude, se não quiser passar de ano;
Compre refrigerante, se não suco de uva.

Senão: Quando equivaler a DO CONTRÁRIO, MAS OU PORÉM.
Ex.: Não há comida. Compre uma pizza, senão ningém comerá hoje;
Não quero sair, senão ficar em casa.

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domingo, 1 de março de 2009

O substantivo descomplicado.

Oi amigos. Falarei de uma classe de palavra que dá muito "pano pra manga": o substantivo. O conceito de substantivo parece ser muito simples, porém, na realidade, é algo que necessita mais atenção do que imaginamos. Bom estudo!!!


O que é substantivo?
O substantivo é uma classe de palavra que designa os seres. Vamos conhecer um pouquinho deles agora.
Comum: Designa um ser de uma mesma espécie. Ex:. menino, cachorro, gato, etc.
Própio: Designa a um ser exclusivo.Ex:. Paulo, Maria, São Paulo, Barcelona, etc.
Concreto: É aquele que não necessita de um outro ser para sua existência, contrário dos substantivos abstratos que veremos a seguir, é um ser real ou que a imaginação coloca como real. Ex:. sofá, cama, pedra, portão, fada, alma, saçi,lobisomem etc.
Abstrato: Designa as qualidades, sentimentos , ações e estados que necessitam de um outro ser para sua existência. Ex:. fé, amor, tristeza, viagem, estudo, doença, vida, etc.
Simples: É composto por um só radical. Ex:. neve, gelatina, telefone, computador, etc.
Composto: É composto de mais um radical. Ex:. passatempo, guarda-chuva, etc.
Primitivo: Que não se origina de outra palavra do português: ferro, pedra, sapato, etc.
Derivados: Que se originam de outra palavra. Ex:. pedregulho, pedreira, ferreiro, sapateiro, sapataria, etc.
Coletivos: São os que designam vários seres de uma mesma espécie. Ex:. matilha, esquadra, esquadrilha, constelação, pinacoteca, biblioteca, exército, etc
Alguns Substantivos coletivos:

Alcatéia= de lobos e feras
Antologia= de trechos de leitura
Armada= de navios de guerra
Assembleia= de membros de uma associação
Atilho= de espigas
Bagagem= de objetos de viagem
Baixela= de utensílios de mesa
Banca= de examinadores
Cálifa=de camelos
Cainçalha=de cães
Caterva= de vadios, animais
Código= de leis
Concílio= de bispos
Conclave= de cardeais
Confraria= de pessoas religiosa
Década= dez anos
Discoteca= de discos
Elenco= de atores
Enxoval= de roupas
Esquadrilha= de aviões
Fauna= de animais em determinada região
Feixe= de madeiras, varas, etc
Flora= de plantas, vegetação de determinada região
Frota= de navios, ônibus
Hemeroteca= de revistas, jornais
Horda=de salteadores
Hoste= de inimigos
Junta= de bois, de médicos
Leva= de prisioneiros, de alistados
Malta= de ladrões
Matilha= de cães de caça
Molho= de chaves
Panapaná= de borboletas
Pente= de balas de armas
Pinacoteca= de quadros
Piquete= de grevistas, soldados
Prole= filhos de um casal
Raizame= raízes de uma árvore
Renque= de pessoas ou coisas que estejam efileiradas
Repertório= de peças e músicas
Resma= quinheitas folhas
Réstia= de alhos, cebolas
Súcia= de malandros
Tríduo= três anos
Vara= de porcos
Xiloteca= amostragens de espécies de madeiras
O substantivo quanto ao gênero
Observem alguns substantivos masculinos e femininos:
A cal O magma
A hélice O trema
A dinamite O dó( compaixão)
A libido O champanha
A derme O sósia
A faringe O herpes
A preá O soprano
A mascote O pernoite
Substantivos de origem grega, que são terminados em -MA , geralmente são masculinos:
O magma
O trema
O edema
O plasma, etc
Do masculino para o feminino
parente» parenta-parente
monge» monja
mestre» mestra
pavão»pavoa
sultão» sultana
abade» abadesa
perdigão»perdiz
ateu» ateia
réu»
frade»freira
profeta»profetisa
cônsul»consulesa
cavaleiro»amazona
zangão»abelha
carneiro»ovelha
varão»matrona
Podemos dividir os substantivos quanto a seu grau.
Normal ou positivo: casa, carro, livro, etc
Aumentativo sintético: caneta» canetão
Aumentativo analítico: caneta enorme.
Diminutivo sintético: caneta» canetinha
Diminutivo analítico: caneta pequena
É interessante repararmos o substantivo quanto sua flexão de gênero. Vejamos!!
Sobrecomum: Um só gênero para o masculino e o feminino, um só artigo. Só para pessoas.
Ex.: A criança, A testemunha, O cônjuge, A pessoa, etc.
Comum de dois gêneros: Só vamos identificar o gênero do substantivo pelo artigo que o precede.
Ex.: O estudante» A estudante;
O colega» A colega;
O mártir» A mártir;
O artista» A artista.
Epiceno: Designa um só gênero para o masculino e feminino, um só artigo. Só para animais.
Ex.: O jacaré, A cobra, A víbora, A onça, etc.
 
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